Nesta quinta-feira (15), Campinas confirmou mais uma morte por febre maculosa, a adolescente Erissa Nicole Santan, de 16 anos. Já são quatro óbitos na cidade pela doença.
Além de Erissa, o piloto Douglas Costa de 42 anos, e sua namorada Mariana Giordano, de 36, também faleceram devido à doença. A terceira vítima confirmada foi uma jovem de 28 anos que foi internada em 7 junho, e morreu em 8 de junho.
No caso de Campinas, todas as mortes são de pessoas que estiveram no evento “Feijoada do Rosa” realizado em 27 de maio na Fazenda Santa Margarida, localizada no distrito de Joaquim Egídio. Até que haja a apresentação de um plano de contingência ambiental e de comunicação dos responsáveis pelo local, a fazenda terá seus eventos suspensos e ficará fechada por 30 dias.
A Secretaria de Saúde do Estado de SP pede a quem esteve no local entre 27 de maio e 11 de junho e apresentar sintomas, que procure um médico e informe, também, que esteve na região. Ainda segundo a Secretaria, entre junho e novembro a infestação por carrapatos estrela é alta, então todo cuidado é pouco. Em Limeira, por exemplo, a Justiça exigiu exames em cerca de 40 capivaras para melhor controle da febre maculosa, já que em março uma jovem morreu por conta da doença.
No estado, apenas em 2023, oito mortes aconteceram, além de 17 contaminações.
Mas agora, quais são os sintomas da febre maculosa e qual o tratamento?
Também conhecida como doença do carrapato, ela é uma infecção febril transmitida por uma bactéria do gênero Rickettsia através pela picada de um carrapato infectado. Ele precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele da pessoa, e não existe transmissão de uma pessoa para a outra.
Já os sintomas consistem em febre alta, dor no corpo e de cabeça, falta de apetite e desânimo. O que difere a febre maculosa, também, das demais infecções é o aparecimento de pequenas manchas avermelhadas na pele que podem aumentar.
A infecção tem cura, desde que o tratamento com antibióticos comece cedo, nos primeiros três dias de sintomas. E o ideal é manter a medicação de 10 dias até duas semanas. O atraso no diagnóstico agrava o quadro e dificulta o tratamento.
Já a prevenção não é difícil e pode ser feita por todos. Ao entrar em locais de mata, o ideal é o uso de calça e camisa compridas, e de preferência de cores claras. Também é indicado o uso de botas. O Ministério da Saúde até mesmo alerta para que calça seja colocada por dentro da bota e selada com fita para maior proteção.
Para quem tem a opção, é indicado que se evite caminhar em áreas onde há infestação carrapatos. E o uso de repelentes, com maior concentração do produto químico DEET, também é indicado.
Agora, caso encontre o carrapato em qualquer parte do corpo, é preferível que não o esmague com as unhas, porque pode haver a liberação de bactérias. Ele deve ser retirado com uma pinça, torcendo-o levemente para que sua boca solte a pele.
A boa notícia é que, de acordo com a infectologista Vera Rufesein, coordenadora do serviço de infecção hospitalar do Hospital Vera Cruz, em Campinas, o risco de reinfecção é baixo. Em entrevista ao Portal G1, ela afirmou que a imunidade deixada pela infecção é duradoura. De acordo com especialistas, ela pode até durar a vida toda.
Fonte: Portal G1, Ministério da Saúde e Secretaria da Saúde do Estado de SP